segunda-feira, 19 de abril de 2010


Joana:
Porque é que coisas destas acontecer? Pergunto-me uma, duas, três e muitas mais vezes.
As pessoas não pensam, porque? Não se deve agir para ser bem visto, mas sim para o nosso bem-estar e dos outros. Sim, devemos pensar nos outros, no que poderá acontecer e o que poderão sentir.
A dor que esta rapariga sentiu, foi uma dor que ela não merece, ela até fez a escolha acertada. Acho que ninguém deve sentir o que ela sentiu, nem mesmo quem provocou o acidente inconscientemente. Basta pararem para pensar 1 minuto: vou conduzir, pode acontecer algo, só vou beber um copo. Simples.
Se esta rapariga fosse uma parente minha, nunca me iria esquecer. Iria recorda-la todos os dias e tomá-la como um exemplo para os meus amigos, quando os visse tomar este tipo de decisões.
Estas situações podem ser evitadas, basta querermos. Parar para pensar e pensar nos outros, porque há sempre alguém que toma decisões acertadas.


Vilma:

É pena coisas destas acontecerem, mas temos que ser realistas…é muito difícil as pessoas mudarem. Saem com amigos, e o objectivo é divertirem-se e não olham a meios para o conseguir e depois acabam por se descontrolar e exagerar. Vão viver o momento sem pensar no que pode acontecer no minuto a seguir. Sim, tudo isto poderia ter sido evitado, tanto no acidente referido como em outros que podem e que deverão surgir, mas para serem evitados primeiro é preciso TODOS tomarmos consciência que para nos divertirmos não é preciso exagerar e chegar a um extremo. Quando digo TODOS, não estou a dizer todos de uma vez, é preciso começar por algum lado e acredito que começar é que é difícil, porque muitos são completamente viciados no álcool e não só.

álcool_1


TEXTO
Fui à festa, mãe.
Fui à festa, e lembrei-me do que me disseste:
Pediste-me que eu não bebesse álcool, mãe... Então, bebi uma 'Sprite'. Senti orgulho de mim, exactamente o modo como me disseste que eu me sentiria. E que não deveria beber e de seguida conduzir.
Ao contrário do que alguns amigos me disseram. Fiz uma escolha saudável, e o teu conselho foi correcto.
Quando a festa finalmente acabou e o pessoal começou a conduzir sem condições, fui para o meu carro, na certeza de que iria para casa em paz...
Eu nunca poderia esperar... Agora estou deitada na rua e ouvi o policia dizer: 'O rapaz que causou este acidente estava bêbado'. Mãe, a voz parecia tão distante... O meu sangue está por todo o lado e eu estou a tentar com todas as minhas forças não chorar...
Posso ouvir os paramédicos dizerem: 'A rapariga vai morrer'...Tenho a certeza de que o rapaz não tinha a menor ideia, enquanto ele estava a toda velocidade. Afinal, ele decidiu beber e conduzir! E agora eu tenho que morrer.
Então... Porque é que as pessoas fazem isso, mãe? Sabendo que isto vai arruinar vidas?
A dor está a cortar-me como uma centena de facas afiadas.
Diz à minha irmã para não ficar assustada, mãe, diz ao pai que ele tem que ser forte.
Quando eu partir, escreva 'Menina do Pai' na minha sepultura...
Alguém deveria ter dito àquele rapaz que é errado beber e conduzir. Talvez, se os pais dele o tivessem avisado, eu ainda estivesse viva...
A minha respiração está a ficar mais fraca mãe, e estou a ficar realmente com medo. Estes são os meus momentos finais e sinto-me tão desesperada... Gostaria que tu pudesses abraçar-me mãe, enquanto estou aqui esticada a morrer, gostaria de poder dizer que te amo mãe...
Então... Amo-te
Adeus...'

Estas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o acidente. A jovem, enquanto agonizava, ia dizendo as palavras e o jornalista ia anotando...
Muito chocado. Este jornalista iniciou uma campanha.